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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Financiar um imóvel requer pesquisa, negociação e conhecimento dos custos embutidos nas parcelas



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A busca por um financiamento habitacional mais justo é essencial para fazer um bom negócio. Diversos fatores influenciam diretamente no quanto se pagará para a instituição financeira durante o prazo do financiamento, e é por isso que a pesquisa inicial, antes de assinar o contrato, é de suma importância.


Não é só de juros remuneratórios que é feito um financiamento habitacional, como informa Vinícius Costa, presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). “Além deles, o mutuário tem de pagar seguro obrigatório, taxa administração e também, em alguns casos, taxa de avaliação de imóvel ou de cadastro/avaliação do consumidor. Tudo isso contempla o Custo Efetivo Total que o financiamento gera para o consumidor”, acrescenta.


Segundo ele, ter uma taxa de juros baixa é o ponto de partida para iniciar a negociação com uma instituição financeira. Mas é importante destacar que a taxa de juros não tem limite máximo ou mínimo imposto em lei. “Trata-se de uma questão subjetiva que o banco repassa ao seu cliente. Fatores como Score (pontuação de consumidor no mercado) positivo e relação com a instituição financeira (conta corrente, investimento etc.) podem influenciar na redução da taxa de juros e, consequentemente, auxiliar no fechamento do contrato”, conforme Vinícius Costa.


Além da taxa, como nos financiamentos habitacionais o seguro é obrigatório, caberá ao mutuário contratar uma empresa que atue nesse ramo securitário. Muitas vezes as empresas são indicadas pela instituição financeira apresentando um indicador do valor do seguro inicial. “O mutuário não está obrigado a fechar com a empresa por ela indicada, pois isso configura venda casada. Caso não tenha interesse nas empresas sugeridas, poderá apresentar uma proposta de empresa de seu interesse”, diz o presidente da ABMH.


Ele acrescenta que também influenciam as taxas como de cadastro do mutuário, avaliação de crédito, avaliação do imóvel e de administração do contrato, sendo que esta é cobrada mensalmente. “As demais só podem ser cobradas uma única vez, e ainda assim deve ser analisadas com cuidado e verificada sua regularidade conforme as normas do Banco Central do Brasil.”


No final, financiamento não é só pagar parcela. Tudo que se paga para aquisição do imóvel deve ser computado como custo daquele negócio. “O mais indicado, antes de fechar qualquer negócio é pesquisar instituições que atuam no ramo, buscar simulações, comparar resultados e custos e, a partir daí, optar por aquela que lhe ofereça melhores condições e que implique menor custo ao final do contrato”, explica Vinícius Costa.


Sobre a ABMH – Idealizada 1999 e mantida por mutuários, a Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH) é uma entidade civil sem fins lucrativos, que presta consultoria jurídica gratuita e tem como objetivo difundir as formas de defesa de quem compra imóveis, em juízo ou fora dele, com o efetivo cumprimento dos dispositivos legais.

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