PROGRAMA BALADA DA FADA

terça-feira, 21 de julho de 2020

ATUALIZAÇÃO DO CADASTRO DO BOLSA FAMÍLIA REINICIA EM AGOSTO



Portaria do Ministério da Cidadania publicada no Diário Oficial da União da última segunda-feira (20) prorrogou, até agosto, as ações de administração em nível municipal de benefícios do Bolsa Família e as alterações cadastrais de famílias beneficiárias para gestão da folha de pagamento do programa.

A publicação estende por mais seis meses a suspensão, a análise e revisão cadastral do Bolsa Família e também o bloqueio, suspensão e cancelamento decorrentes do descumprimento de regras do programa. O Ministério da Cidadania afirma que essas medidas foram tomadas para que sejam evitadas aglomerações de pessoas em unidades de cadastramento do benefício.

Número de beneficiários do Bolsa Família deve bater recorde em abril

Em maio, outra portaria do governo federal já havia determinado a suspensão da atualização cadastral dos beneficiários Bolsa Família enquanto o auxílio emergencial de R$ 600 fosse pago.

Fonte: Brasil 61


Vacância atinge 24% dos imóveis em São Paulo, diz AABIC



Segundo entidade, imóveis vagos representavam 18% do mercado de locação antes do estouro da crise da pandemia


A crise causada pela pandemia do novo coronavírus atingiu de forma expressiva a taxa de ocupação dos imóveis voltados para locação no Estado de São Paulo. A vacância chegou ao patamar de 24% na média dos imóveis comerciais e residenciais, conforme dados apurados até o dia 16 de julho pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC), maior entidade representativa do segmento no Estado. A pesquisa da entidade abrange todos os perfis de imóveis disponíveis para locação tanto no segmento residencial, como na locação comercial, desde lajes corporativas e escritórios em edifícios a lojas de rua.

O levantamento da AABIC considerou uma amostra de aproximadamente 19 mil imóveis em todo o Estado de São Paulo administrados por empresas associadas à entidade. Os dados apontam que antes da eclosão da pandemia, o total de imóveis vagos representava 18% da carteira das empresas associadas participantes da pesquisa. Do total desses imóveis, 30% são voltados à locação comercial, enquanto 70% correspondem aos residenciais.

O executivo José Roberto Graiche Junior, presidente da AABIC, relata que o impacto da pandemia foi mais significativo no mercado de imóveis comerciais. Neste segmento, diz ele, a vacância alcançou 30% da carteira de comerciais das associadas em julho, ante o patamar de 20% registrado no final de março, quando o Governo do Estado decretou o isolamento social para conter o avanço do contágio da doença. No segmento residencial, a vacância atingiu 12% do total de imóveis de locação para moradia na carteira das associadas. Antes da pandemia, o percentual de desocupação correspondia a 9%.

Segundo o dirigente, a pandemia da covid-19 acentuou o cenário de crise no mercado de imóveis comerciais porque o setor começava a se recuperar dos anos de estagnação e alto índice de desocupação. “Na situação da crise pandêmica, os empresários têm receio de abrir ou ampliar seus negócios, sobretudo quando as atividades não são essenciais”, diz Graiche Junior. “A crise forçou as empresas a cortarem os custos e frear seus investimentos, atingindo diretamente os espaços utilizados para realização de suas atividades”, avalia

Para Graiche Júnior, uma nova perspectiva de retomada ainda é incerta para os próximos meses, já que estamos inseguros quanto a reabertura definitiva das atividades nas cidades. “A ocupação dos imóveis deve ser retomada à medida que avançarem os estudos sobre a vacina contra a covid-19 e quando a população e as empresas recuperarem a confiança no desenvolvimento da economia”, avalia.

Sobre a AABIC

A Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC) é uma entidade com 41 anos de atuação na formação qualitativa do mercado de administração e locação de imóveis. Conta com 90 empresas associadas, que administram atualmente 16 mil condomínios e mais de 60 mil imóveis locados, onde vivem cerca de 5,1 milhões de pessoas. As associadas da AABIC são responsáveis pelo emprego de 115 mil pessoas no setor, contabilizando os funcionários de operação nas empresas até o contingente de colaboradores contratados para executar as rotinas dos condomínios. Fundada em 1978, a AABIC busca cumprir com excelência e rigor sua principal missão: orientar a administração de bens imóveis e condomínios em suas atividades. Com gestão voltada para o aperfeiçoamento contínuo da qualidade dos serviços de orientação e treinamento, a associação trabalha pela valorização do segmento no mercado imobiliário.

domingo, 19 de julho de 2020

ANVISA INFORMA NOVAS REGRAS PARA FORNECEDORES DE ALIMENTOS



Não existem evidências de contaminação pelo novo coronavírus por meio de alimentos, no entanto, é preciso ter muita atenção com a segurança daqueles que os produzem, bem como seus ambientes de trabalho. Assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou as orientações para empresas do setor no que diz respeito às boas práticas de fabricação e manipulação de produtos alimentícios durante a pandemia.

As medidas, que visam proteger tanto os empregados quanto os consumidores, estão presentes em três notas técnicas: a nota técnica 47/2020, sobre uso de luvas e máscaras nos estabelecimentos; a nota técnica 48/2020, sobre boas práticas de fabricação, acrescentando e reforçando medidas para a adequada manipulação dos alimentos; e a nota técnica 49/2020, que traz recomendações para os serviços de alimentação com atendimento ao cliente.

Os parâmetros reforçados pela Anvisa têm foco na higiene e a qualidade em toda a cadeia do processamento. O fortalecimento das boas práticas pode adicionalmente contribuir para diminuir a transmissão direta da Covid-19 de pessoa a pessoa no ambiente de produção, garantindo maior segurança no ambiente de trabalho no momento em que o Brasil ainda vive estado grave de pandemia.
Atenção com o empregado

A empresa deve traçar estratégias para a rápida identificação de casos suspeitos entre seus empregados, de modo a impedir a transmissão no ambiente de trabalho. Os funcionários devem ser instruídos a comunicar imediatamente qualquer suspeita, para que possam ser afastados das atividades e cumprirem as recomendações das autoridades de saúde.

Outra recomendação é aumentar o espaço físico no ambiente de trabalho. O risco de um colaborador transmitir o vírus para outro depende da distância entre eles, da duração da exposição e da eficácia das práticas de higiene adotadas. Assim, a recomendação da Anvisa é de que o espaçamento físico entre os funcionários seja de, pelo menos, um metro de distância. Também é aconselhável fazer uma maior divisão dos turnos de trabalho.

José Raimundo é dono de um Empório em Aracaju e trabalha com panificação, um ramo que não parou durante a pandemia. O empresário conta que precisou fazer diversas adequações no ambiente de trabalho para proteger seus funcionários e garantir a entrega dos produtos.

“Em relação aos funcionários, tem o uso obrigatório de máscara, foi disponibilizado recipientes de álcool na área de produção, isolei a área de convivência e no refeitório só ficam dois funcionários por horário. A cada 15 minutos, são dois funcionários”, explica José Raimundo.

O empresário diz que todos do ramo alimentício acabaram aprendendo com a adversidade e precisam se preparar para conviver com elas por bastante tempo ainda. “É uma questão de adaptação. Todo mundo teve de se adaptar para encarar essa nova realidade”, aponta.




Limpeza constante

A Anvisa reforçou a importância da limpeza das mãos no ambiente de trabalho como uma das estratégias para reduzir o risco de transmissão e de contaminação pelo novo coronavírus. Todos os funcionários devem lavar cuidadosa e frequentemente as mãos, principalmente após tossir, espirrar, coçar ou assoar o nariz, coçar os olhos ou tocar na boca, preparar alimentos crus, como carne, vegetais e frutas, manusear celular, dinheiro, lixo, chaves, maçanetas, entre outros objetos, ir ao sanitário e após retornar dos intervalos.

A limpeza e desinfecção do ambiente também devem ser frequentes e sistematizadas. A recomendação é de que a empresa aperfeiçoe suas rotinas de limpeza, bem como a frequência. É necessário ficar atento não apenas com superfícies, mas com equipamentos e utensílios que entram em contato direto com o alimento. Banheiros, vestiários, vias de acesso, maçanetas das portas e corrimãos devem ter atenção redobrada.

Outra atenção é com o transporte de alimentos e suas matérias-primas, que também devem obedecer às boas práticas orientadas pela Anvisa. A recomendação é de que se faça a higienização dos transportes, para garantir a saúde e proteção dos colaboradores envolvidos nessa etapa.
Equipamentos de proteção

O principal aspecto abordado em uma das notas técnicas da Anvisa é o uso de luvas e máscaras por parte dos empregados dos estabelecimentos que trabalham com alimentação. A publicação lembra que nos restaurantes, lanchonetes e indústrias de alimentos o uso de luvas descartáveis não é uma exigência e não isenta o manipulador da lavagem das mãos.

As luvas passam uma falsa sensação de segurança, assim, as pessoas acabam negligenciando a constante lavagem das mãos. É preciso ficar atento, por exemplo, com outras atividades que podem ser feitas com a mesma luva que foi utilizada para preparar alimentos, como por exemplo manipular dinheiro ou fazer limpeza do balcão.

Em relação às máscaras, é possível o uso de produto caseiro, desde que confeccionado com material adequado, como algodão, usado de forma apropriada, trocado com frequência e, se reutilizado, deve ser previamente higienizado.

A frequência de troca da máscara deve considerar uma série de fatores, incluindo a extensão da jornada de trabalho e o tipo de atividade desenvolvida pelo funcionário. De maneira geral, recomenda-se a troca a cada 2 ou 3 horas de uso.

Hemerson Luz, infectologista, explica que as regras que estão sendo impostas devem ser seguidas com rigor para que essas atividades continuem ocorrendo. Segundo o especialista, os funcionários devem aprender como ocorre a transmissão do coronavírus, saber reconhecer os sintomas, inclusive alguns que até pouco tempo não eram citados, como a perda do olfato e do paladar, e ficar atento a detalhes que muitas vezes passam despercebido, como o trajeto até a empresa.

“Aqueles funcionários que pegam transporte público para chegar ao trabalho devem ser orientados a trocar de roupa, para quando chegar ao posto não usar a mesma vestimenta que foi utilizada no transporte público”, explica Hermerson.

Segundo o infectologista, tanto os empresários quanto os funcionários devem ficar atentos aos cuidados não só agora, no pico da pandemia, como também nos próximos meses, quando podem surgir focos isolados do novo coronavírus.

“Temos que considerar que o vírus ainda está circulando no nosso meio e o que se espera mais à frente, em uma fase mais avançada, é que apareçam focos de infecção em locais específicos, em escritórios e empresas, por exemplo. E nestes casos, medidas de isolamentos dessas áreas devem ser implementadas”, ressalta.

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Vigilância

As normas que devem ser seguidas pelos estabelecimentos que manipulam alimentos são fiscalizadas pelos departamentos de Vigilância Sanitária de cada município, que neste momento de pandemia, além das inspeções de rotina, em datas programadas, também observam as orientações das boas práticas para evitar maiores problemas de contágio.

Denilda Santana, coordenadora da Vigilância Sanitária de Aracaju, conta que os estabelecimentos são sempre orientados quanto as novas diretrizes e são passíveis de notificação caso haja descumprimento. A coordenadora lembra que o sistema de delivery aumentou bastante neste momento de pandemia e que o setor deve estar atento a cuidados específicos.

“As entregas devem ser cobertas com embalagens que possam ser higienizadas, para que o cliente possa proceder com esse procedimento e diminuir a proliferação do vírus”, destaca.

Denilda explica que a Vigilância trabalha em conjunto com o consumidor, ou seja, as próprias pessoas devem fazer, também, a inspeção dos estabelecimentos, verificando se os funcionários estão cumprindo com as orientações. Caso não estejam, os consumidores podem fazer a denúncia por meio da ouvidoria da Secretaria de Saúde do município ou até mesmo diretamente com a vigilância sanitária, que de posse do alerta, verifica o local indicado.


Fonte: Brasil 61