PROGRAMA BALADA DA FADA

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Varejo acirra a concorrência no setor financeiro brasileiro


*Por Davi Cunha, head de Open Banking da Sciensa

Entrar em uma varejista e se deparar com uma oferta gigantesca de serviços financeiros à sua disposição – de cartões de marca própria (ou private labels) a seguros variados – é algo comum a grande parte dos brasileiros. Oferecidos em parceria com grandes instituições financeiras, esses serviços são consumidos frequentemente e trazem uma margem representativa de lucro para a maioria das grandes redes que têm acesso ao consumidor.

Com a evolução tecnológica pela qual diversos setores vêm passando, esse modelo está cada vez mais perto de sofrer uma transformação: em breve, varejistas devem estar aptas a oferecer uma gama de serviços financeiros, como por exemplo crédito, de forma independente e sem a necessidade de um banco parceiro para a liquidação das operações.

Uma das razões para acreditar nisso está no movimento crescente de APIs abertas. Com a regulamentação de Open Banking feita na Europa (a PSD2) e suas perspectivas de chegada ao Brasil em 2019, mais players terão acesso a informações relevantes e valiosas de clientes, capazes de trazer novos modelos de negócio à tona.

No Brasil, um passo importante dado este ano foi a regulamentação das startups de crédito pelo Banco Central, por meio da resolução n. 4.656 de abril de 2018. Com a nova norma, fintechs regulamentadas podem conceder crédito a empresas diretamente, utilizando seu próprio capital, assim como intermediar empréstimos entre pessoas através de um modelo chamado de P2P (peer-to-peer).

Essa abertura gradual aos diversos setores para lidar com serviços financeiros, somada ao cenário brasileiro de aproximadamente 60 milhões de pessoas desbancarizadas – sempre frequentando as redes físicas de grandes varejistas – deve fazer com que esses players passem a atuar no segmento financeiro de forma cada vez mais autônoma, investindo mais nessa frente de serviços.

Além da facilidade de acesso ao público consumidor, varejistas devem investir nesse tipo de serviço por causa das altas margens de lucro. Enquanto cadeias logísticas exigem alta complexidade, serviços financeiros podem ser prestados de maneira eficaz, automatizada e com uma proporção bem menor de custos fixos.

Nesse cenário, para não perderem espaço em meio à nova concorrência, instituições financeiras devem investir num modelo diferenciado de oferta, chamado “Banco como Plataforma” (ou BaaP). Basicamente, trata-se de uma nova estratégia que acelera a transformação da instituição financeira tradicional onde ela se transforma em uma plataforma de serviços aberta e modular, estruturada em modelos ágeis e digitais, e que alavanca fortemente parcerias para acelerar a oferta de novas experiências para os clientes finais e obter novas receitas.

Esse novo modelo deve trazer benefícios significativos e já está sendo colocado em prática de diversas formas. O avanço do Open Banking deve trazer ainda mais possibilidades aos consumidores, maior empoderamento (o cliente passa a ser “dono” do próprio dado pessoal), além de novas formas de se relacionarem com as instituições financeiras, tendo uma relação melhor com essas instituições.

Nesse sentido, bancos vão precisar de cada vez mais conhecimento para se adaptarem às novas exigências do novo mercado – o que, levado a certo extremo, pode colaborar para a redução do spread bancário no país, que hoje tem um dos maiores índices do mundo. Mais do que atrair novos clientes, será necessário cruzar a maior quantidade de dados possíveis para gerar insights significativos e oferecer produtos adequados às necessidades de cada consumidor – algo que, ainda hoje, é algo muito raro por aqui.

Esse é apenas um dos aspectos da mudança que a transformação digital vai trazer dentro do setor financeiro nos próximos anos. Nesse sentido, é fundamental que líderes – não somente CIOs, mas todos os executivos de alto escalão – estejam envolvidos nesse processo a fim de decidir qual é a melhor estratégia para cada companhia conseguir crescer de maneira sustentável em um cenário cada vez mais competitivo. O varejo brasileiro, é claro, não vai ficar de fora deste processo.

*Davi Cunha é head de Open Banking da Sciensa, consultoria de transformação digital que faturou R$ 35 milhões em 2017 e R$ 50 milhões em 2018.

Sobre a Sciensa

Fundada em 2010, a Sciensa é uma consultoria especializada em inovação e transformação digital. Sob a missão de trazer resultados aos negócios por meio da tecnologia, a companhia atua desde a análise de processos até à implantação de soluções personalizadas. Com 140 colaboradores no Brasil, o principal compromisso da Sciensa é entregar uma estratégia diferenciada e ser parceira de seus clientes na co-criação de projetos.

sábado, 22 de setembro de 2018

Cloro, o regulador dos líquidos do organismo humano


Entre as funções do cloro está o controle do pH do organismo humano

Essencial para a saúde do ser humano, o cloro desempenha funções vitais como por exemplo, regular os fluidos, função que executa associado ao sódio e ao potássio. O mineral também controla o pH do organismo, equilibrando os níveis de acidez. A deficiência de cloro no corpo humano causa problemas digestivos, nos dentes, contraturas musculares e perda de cabelo.

A maior parte do mineral é excretada pelos rins e pelo suor. É importante reforçar que, nas situações de perda de sódio (diarreia, vômitos, sudorese excessiva), perde-se também cloro.

Para as plantas, a necesidade de cloro está relacionada à fotossíntese, pois o mineral participa da fotólise da água. Porém, ao contrário do que ocorre com o homem, para as plantas, o cloro é um micronutriente, ou seja, as plantas precisam de apenas pequenas quantidades desse elemento.

"Cloro insuficiente causa clorose (amarelecimento), deformação e murchamento nas folhas, além de mau desenvolvimento radicular. Em excesso, ocorre queima das bordas das folhas e atraso de sua maturação", destaca o engenheiro agrônomo Valter Casarin, diretor científico do Nutrientes para a Vida (NPV), iniciativa que busca informar sobre a necessidade nas plantações..


Nutrientes para a vida

Presente no Brasil desde 2016, a Nutrientes Para a Vida (NPV) possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. Seu objetivo é esclarecer e informar, com base em estudos científicos, a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada. Este tipo de esclarecimento é essencial, se considerarmos que há muita desinformação e confusão sobre o tema.

Os fertilizantes são fundamentais para elevar a produção agrícola com qualidade e de forma sustentável, conforme explica Dr. Heitor Cantarella, diretor do Centro de Solos do Instituto Agronômico de Campinas e coordenador geral da iniciativa Nutrientes para a Vida: “Há duas opções para produzir mais alimentos: aumentar a área plantada ou aumentar a produtividade. A primeira opção significa desalojar outras coberturas vegetais do planeta, como as florestas, o que deve ser evitado. Já o aumento da produtividade, decorrente do emprego de práticas agrícolas mais eficientes, incluindo o manejo adequado de fertilizantes, garante maior oferta de alimentos sem a necessidade de ocupar novas áreas para a agricultura, preservando assim, a biodiversidade e os outros usos do solo”.​





segunda-feira, 2 de julho de 2018

Manifestação Pública contra a MP 841 e em defesa dos recursos da Cultura

Manifestação Pública contra a MP 841 e em defesa dos recursos da Cultura


" 1- Demoramos muitos anos para despertar a atenção de todos sobre a participação dos fazedores de cultura em 3% sobre os jogos de loteria e quando estamos prestes a conseguir esta vitória, vem o governo e baixa uma Mp, a 841 que tira de nós esta chance. 2- Por justiça a OAB se soma nesta luta a favor dos fazedores de cultura e promove no dia 4 de julho, às 19:00 no TUCA um ato de desagravo contra esta intenção. 3- É hora de nos somarmos a esta iniciativa e comparecer neste dia, em apoio aos que enfim defendem nossos interesses. 4- Compareça e leve um colega, espalhe a notícia, venha, é realmente importante. Maestro Amilson Godoy" Saiba mais aqui

quarta-feira, 7 de março de 2018

Saúde incorpora procedimento de hemodiálise para pacientes em trânsito

Medida é uma antiga demanda dos estados e municípios e é voltada para pacientes que precisam de hemodiálise fora da cidade em que normalmente fazem o tratamento


O Ministério da Saúde, atendendo a uma demanda antiga das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, irá alterar a forma de financiamento para procedimentos de Terapia Renal Substitutiva (TRS) em todo o Brasil. A medida é voltada especificamente para pacientes, adultos e crianças que precisam de hemodiálise fora da cidade em que normalmente fazem o tratamento. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (07), em Brasília. A portaria que autoriza a mudança deve ser publicada no Diário Oficial da União (D.O.U) ainda nesta semana.
Confira a apresentação completa

O objetivo é continuar garantindo a assistência integral e gratuita de pessoas que, durante uma viagem, por exemplo, precisam manter as sessões do tratamento dialítico. Para isso, foi criado um código na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS que contempla o novo procedimento, denominado “Identificação de paciente sob tratamento dialítico em trânsito”. A medida engloba hemodiálise para adultos (3 sessões semanais), hemodiálise pediátrica (4 sessões semanais) e hemodiálise para pacientes com HIV (3 sessões por semana) e limita a permanência da pessoa em trânsito por até 30 dias.

Por ainda não existir código específico para o tratamento dialítico de pacientes em trânsito na Tabela SUS, as Secretarias de Saúde Estaduais, Distrital e Municipais vinham apresentando dificuldade para o monitoramento, registro e pagamento dos procedimentos. Com essa alteração, o valor passa a ser pago pela Secretaria de Saúde da cidade de origem do paciente, ou seja, onde normalmente realiza o tratamento. Para ter acesso ao procedimento, o paciente em trânsito deverá solicitar ao estabelecimento de saúde de origem a necessidade do tratamento dialítico em outra cidade, informando o período, município e estado de destino previamente.

Com isso, o estabelecimento de saúde de origem vai informar ao gestor de saúde do município onde o paciente irá para verificar a disponibilidade de continuar o tratamento. Havendo disponibilidade de vaga, o município de destino informará quais procedimentos serão ofertados e que unidade acolherá o paciente. Serão produzidos relatórios, que ficarão arquivados no serviço de destino para controle e auditoria, características do tratamento, tipo de acesso vascular, resultados dos exames realizados, situação vacinal e uso de medicamentos. O atendimento poderá ser feito em qualquer um dos 707 estabelecimentos de média e alta complexidade habilitados para tratamentos dialíticos no país.

PANORAMA – Atualmente cerca de 100 mil doentes renais crônicos precisam de tratamento de Terapia Renal Substitutiva no país, sendo 85% deles assistidos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos principais fatores de risco para doença renal crônica é a diabetes e a hipertensão, ambas cuidadas na Atenção Básica, em uma das 41.688 Unidades Básicas de Saúde. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), 6,2% da população adulta tem diabetes e 24% hipertensão.

Para atender a demanda, entre 2010 e 2017 houve aumento de 45% nos serviços de média e alta complexidade habilitados para tratar doentes renais crônicos, passando de 488 para 707. Nos últimos dois anos foram habilitados 19 estabelecimentos em todo o País. Os números de atendimentos e valores investidos também são crescentes ano a ano. Entre 2010 e 2016, o aumento na rede assistencial foi de 26%, passando de 11,3 milhões de procedimentos para 14,2 milhões. Ano passado, com dados ainda preliminares (até setembro), foram registrados 10,9 milhões de procedimentos dialíticos. Em relação aos valores, o crescimento foi de 55%, passando de R$ 1,8 bilhão em 2010 para quase R$ 2,8 bilhões em 2016. Ano passado, com informações ainda preliminares (até setembro), foram investidos R$ 2,3 bilhões.

REAJUSTES – O Ministério da Saúde tem investido nos tratamentos nefrológicos, liberando recursos para garantir e aumentar os serviços e atendimentos em todo o Brasil. No início de 2017, a pasta liberou R$ 197 milhões para custear tratamentos nefrológicos no País, beneficiando pacientes renais crônicos que necessitam de tratamento contínuo e dependem SUS. Os recursos custeiam os procedimentos de Terapia Renal Substitutiva em todo o Brasil e são referentes ao reajuste da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais Especiais.

A atualização do valor pago incide sobre dois procedimentos para a realização da Hemodiálise, indicada para pacientes com quadro de insuficiência renal crônica. Nesse caso, a mudança representa um investimento na ordem de R$ 197 milhões a mais por ano para o custeio dos procedimentos. O total do reajuste de foi 8,47%, passando de R$ 179,03 para R$ 194,20. Os procedimentos de hemodiálise para os pacientes com sorologia positiva para hepatite B e C também foram reajustados, passando de R$ 179,03 para R$ 265,41.

Além disso, em setembro de 2016 houve atualização do valor pago sobre quatro procedimentos para a realização da Diálise Peritoneal Automática (DPA) e da Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC). Na Diálise Peritoneal, indicada para pacientes com quadro de insuficiência renal aguda ou crônica, a mudança representou um investimento na ordem de R$ 11 milhões a mais por ano para o custeio dos procedimentos. Para a DPA, valeu o reajuste de 7,2%, passando de R$ 2.342,81 para R$ 2.511,49. Já o da DPAC, saltou de R$ 1.791,56 para R$ 1.893,68, 5,7% maior.

Para a definição dos novos custos, o Ministério da Saúde criou um grupo de trabalho para calcular a necessidade de alteração dos preços praticados. Foram realizados estudos econômicos e consultas com as entidades que representam o setor de Nefrologia, além de sociedades médicas, para determinar a melhor solução.